Território Brasileiro.

A dúvida surgiu na noite anterior... todos os notíciários não falavam sobre outra coisa... a nevasca e a "freezing rain", que é quando a água da chuva cai e já congela, considerada perigosíssima!!!!! Fomos dormir na dúvida se New York seria possível na manhã seguinte...

Acordamos cedinho, tempo limpo, nada de neve... nos preparamos e pegamos a estrada rumo a Big Apple... motivo da viagem? Renovar o passaporte do marido na embaixada brasileira na 6th Street... o caminho não é tão longo...cerca de 1h40m de carro... mas tão cedinho, o sono bate... paradas para café e coca-cola, vários pedágios no caminho, engarrafamento... ufa... enfim chegamos!!! Procuramos nosso querido estacionamento, deixamos o carro e seguimos a pé até o consulado... ai que frio!!!! E ainda caia uma fina chuva para agravar a sensação congelante.

 New York em uma congelante manhã de janeiro.

Prédio bonito, pomposo... precisamos entregar nossa identidade na recepção, recebemos um crachá de identificação, com foto e que liberava nossa passagem aos elevadores do mesmo... andar número 21... embaixada brasileira... uma pequena fila na recepção, espaço pequeno, várias pessoas em pé... barulhento. E ainda, arcaicamente, funcionários gritavam o nome das pessoas que aguardavam ser atendidas. Mas até que não demorou muito...foi rápido!!! Missão cumprida!!! Hora de voltar para casa... mas não sem tirar minha foto na Times Square,rsrsrsrsrs.

Todo o caminho de volta... parada para abestecer o carro... todos os pedágios novamente... deu sono, mas não teve mais café nem coca-cola... ufa, Philadelphia, finalmente... mas, eis que o telefone do marido toca... e advinha quem era? O Senhor que o atendeu na Embaixada Brasileira lááááá em New York... e o que ele queria? Informar ao meu marido que teríamos que retornar a "Cidade que Nunca Dorme", pois ele (  funcionário atrapalhado) havia esquecido de colher as digitais do solicitante do novo passaporte, no caso, meu digníssimo!!!

Marido ficou sem palavras.... afinal, tínhamos saído de casa 6:30h da manhã e, no exato momento da ligação, nosso cérebro só pensava no almoço e nosso corpo só pedia uma boa cama, já que os ponteiros do meu relógio apontava 1:20h da tarde.... ah não!!!!! Marido desligou o telefone educadamente... eu, bufando de raiva e faminta disse que deveríamos voltar logo... mas antes tínhamos que sacar mais dinheiro para todos os pedágios... falei que não iríamos mais estacionar... o deixaria na frente do prédio e ficaria rodando pelas ruas, esperando o sinal para voltar e pegá-lo... ai,ai... eis que o marido retorna a ligação para saber o horário de funcionamento da Embaixada... e eu do lado, furiosa, dizia "- Ah, não importa a hora que eles fecham, vão ter que esperar!!!Eles que erraram!!!"... 

Com a voz tranquila, marido perguntou e, com surpresa, recebeu a notícia... "- Não se preocupe, Senhor... vá para casa, darei um jeito"... o jeitinho Brasileiro entrou em cena... o alívio foi imediato... o erro não foi nosso, então, por que deveríamos ser penalizados? Finalmente podíamos ir almoçar e descansar... mas, com a gente é sempre assim... nossas histórias, por mais simples que pareçam, sempre recebem uma pitada de desafio... é incrível!!!!!

Durante nosso almoço até indaguei ao meu marido o por que do nosso consulado não ser todo fechado, com guardas armados, máquinas de Raio X, igualzinho a Embaixada Americana em território Brasileiro... nenhuma semelhança!!!! Parece um escritório normal, tipo uma Caixa Econômica,rsrsrsrsrs.

Agora é só esperar, pelos correios, a chegada dele... que até acabou de chegar... mas que será assunto para outro post!!!