Novos Caminhos... parte 1.

Como assim??? Meu blog não estava mais nem entre as abas abertas no meu firefox??? Não pode ser... pode sim, meu queridos e poucos leitores. Uma blogueira que se preze deve manter seu blog atualizado, bonitinho, trazer bons posts, ou seja, cuidar dele... não pode abandonar dessa forma como tenho feito ultimamente. Ok... "carão" dado, "carão" recebido... agora que a situação já está mais estável e já me sinto mais a vontade em falar a respeito, acho que tenho milhões de posts para escrever até contar tudo que deixei só para mim durante algum tempo.

No meio do ano passado, quando comecei a me sentir mais segura com meu inglês, me interessei em saber qual seria o procedimento para exercer minha profissão aqui. Já sabia que deveria fazer o teste de nível desta minha segunda língua, alguns testes para conseguir minha licença e, dependendo da área que escolhesse seguir, um mega estágio não remunerado, era requisito, ou, mais alguns disciplinas, ou seja, voltar para as cadeiras da Universidade. Até aí tudo bem, coisas que são previsíveis. Mas aí veio a grande rasteira!!!!!! Logo no primeiro site que visitei, li um parágrafo que me deixou sem chão, que me fez chorar... não sei nem porque fiquei tão chateada... amo a minha profissão, mas, durante o tempo em que a exerci no Brasil, pouquísismas vezes me senti realizada!!!!

O parágrafo dizia que profissionais estrangeiros, que concluiram seus cursos antes do ano de 2005, deveriam ter cursado, no mínimo, 5 anos de faculdade. E, adivinhem? Meu curso, feito na Universidade Federal do Ceará, graduada no ano de 2004, foi de 4 anos... retornando no ano seguinte para fazer uma modalidade (que chamamos também de especialização), que durou cerca de 2 anos, mas, que não conta nos cálculos da graduação. Então, meu diploma não tem valor por aqui? Isso mesmo... claro que posso tentar condensar todo esse tempo de estudo em um só diploma, mas, que esse obstáculo foi um balde de água fria em todo meu entusiasmo, isso foi.

A vontade de me sentir útil, de ter uma rotina produtiva, de ajudar nas despesas da casa, de melhorar meu inglês, de começar a me virar sozinha por aqui, me deu forças para ir atrás de outros caminhos, outros trabalhos que nunca passaram pela minha cabeça em minha época de Brasil, até porque a diferença cultural é gritante e sei que não receberia o mesmo tratamento que recebo aqui...

O principal incentivo veio do marido... ele deixou claro que eu não precisava trabalhar, que o dinheiro estava apertado, mas estava dando... mas, ao mesmo tempo, enfatizou que se eu estivesse feliz, buscando o que queria, ele estaria feliz também.

O bom desse país é que você resolve tanta coisa online!!!!Até procurar emprego!!!!! E foi assim que comecei a minha jornada, em Outubro de 2010. Algum palpite qual emprego eu estava disposta a enfrentar??? Essa história continua em um próximo post, tentando revelar os mínimos detalhes!!!! E é muito bom estar de volta!!!!!